Universidade estrangeira

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Saiba como obter a carta de aceitação de uma instituição internacional

Se estudar no exterior está nos seus planos, saiba que vai ter bastante trabalho pela frente. Não basta apenas comprar a passagem, embarcar e pronto! Uma temporada fora do país não é a mesma coisa que um final de semana no interior ou no litoral. Há diversos caminhos a serem percorridos antes do embarque, como providenciar o passaporte, o visto, o seguro, escolher o curso, a instituição e a hospedagem. Resumindo: muita burocracia. Quando se fala em pós-graduação, os processos tornam-se ainda mais rigorosos. Fora todos esses detalhes, é necessário ter em mãos a carta de aceitação da universidade estrangeira.

  • Caminho das pedras

O primeiro passo para obter a tão almejada aceitação é listar as universidades e os cursos que correspondam as suas expectativas profissionais e pessoais. Depois, entrar no site da instituição e colher todas as informações referentes à grade curricular do curso, ao processo seletivo e principalmente ao ingresso de estrangeiros. “Esse processo é muito mais fácil e eficaz quando conta com o auxílio de um profissional especializado, que dará ao estudante todas as informações necessárias e o acompanhará durante toda essa caminhada”, recomenda a presidente da Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association – Associação de Agências de Intercâmbio), Tatiana Visnevski de Carvalho Mendes.

Nesse caso, pode-se consultar as agências de intercâmbio, os órgãos representantes do país de destino no Brasil e os departamentos de cooperação internacional das universidades brasileiras. As feiras de intercâmbio que trazem representante das principais instituições internacionais também podem estreitar a comunicação entre os estudantes e a universidade estrangeira.

Mas se a opção for pelo contato direto com a instituição, sem o auxílio de ninguém, é preciso saber com quem falar. Não basta mandar o pedido ao primeiro e-mail encontrado no site da universidade. Isso só vai atrasar o processo. O ideal é entrar em contato com o departamento de relações internacionais e com o coordenador do curso. “O coordenador poderá dizer se suas características e necessidades correspondem ao curso e a assessoria poderá encaminhar você para o processo burocrático da aceitação”, explica Luciane. Não basta o coordenador concordar com a estadia do aluno. È muito importante que isso seja oficializado pela instituição. Por isso, os contatos devem ser feitos simultaneamente.

Além disso, é necessário ultrapassar a distância, o fuso-horário, a diferença cultural e, ainda, as instabilidades dos meios eletrônicos para manter um bom relacionamento e uma boa comunicação com a instituição. “O ideal é não confiar apenas no contato por e-mail. Invista em uma ligação para certificar-se de que a pessoa recebeu a sua mensagem e se você está falando com a pessoa certa”, orienta Luciene. “O contato telefônico reforça o seu interesse. E mais, um pequeno investimento pode valer meses de espera”, completa.

E não é de uma hora para outra, com uma única ligação ou um simples e-mail que você vai conseguir o que procura. Esse trâmite pode durar dias, mas também pode levar meses para ser resolvido. “Em um mês consegui a carta de aceitação provisória da universidade de Portugal. Isso porque sempre fui objetiva nas minhas mensagens. Esse é o segredo. Além disso, tive a sorte de não ser a primeira estudante albanista recebida pela instituição”, relata Flávia. Mas não é muito bom contar com os acasos. Por isso, os especialistas recomendam que esses contatos sejam feitos com pelo menos seis meses de antecedência. E mais, que você não se restrinja só a uma instituição. O seu pedido pode ser negado na última instância.

Por isso, não basta o planejamento e a boa comunicação com a instituição. Muitos outros aspectos também são levados em conta durante o processo de avaliação. Cada universidade segue um procedimento, mas, em geral, todas elas cobram excelência acadêmica, avaliam a formação e o currículo do aluno, além de um bom projeto de pesquisa. Outro requisito básico é o nível de proficiência no idioma estrangeiro. “O aluno deve ficar bastante atento com a documentação exigida, qualquer pendência pode comprometer a sua candidatura”, alerta Tatiana.

Confira abaixo dicas especificas para alguns dos destinos mais procurados

  • Estados Unidos da América

A Comissão Fulbright tem uma rede de escritórios responsável pela orientação dos brasileiros interessados em estudar nos Estados Unidos. “Além de informações sobre bolsas de estudos, nossos escritórios acompanha o estudante durante todo o seu processo pré-embarque”, explica o diretor executivo da Comissão, Luiz Loureiro. Os estudantes que optarem por esse caminho, pagam uma taxa, que varia de acordo com o escritório. Para obter mais informações sobre o serviço acesse o site:
www.fulbright.com.
O estudante pode, ainda, optar por fazer a triagem da universidade e do curso sozinho. O departamento de educação dos EUA disponibiliza um site de busca:
educationusa.state.gov/
Acesse e confira!

  • Austrália

Se o destino da sua pós-graduação é a Austrália, há dois caminhos a serem trilhados. Um deles é partir para uma busca e um contato individual com o departamento Internacional Office da instituição de interesse. A outra opção é contatar a agência representante da universidade no Brasil. “Grande parte das instituições australianas mantém agências representantes no país, que auxilia os brasileiros interessados em participar de sua seleção durante todo o processo”, explica a gerente da Australian Education International no Brasil, Priscila Donato Trevisan.

O ideal é que os candidatos escolham primeiro a universidade de interesse, para só depois ir atrás da agência. “Isso porque, as agências representam um número limitado de faculdades, limitando suas”, orienta Priscila. O ministério da educação australiano oferece um site que centraliza todas as informações sobre universidades e cursos. Faça a sua busca:
www.studyinaustralia.gov.au

  • França

O governo francês criou um novo procedimento para o ingresso de estudantes estrangeiros em instituições da França. A iniciativa centralizar o serviço no CampusFrance ? agência do Ministério das Relações Exteriores do País. “Nosso objetivo é orientar os interessados quanto aos processos de candidatura e seleção das instituições francesas de ensino superior e oferecer uma variedade completa de serviços desde a busca de informação até a partida do estudante”, explica a coordenadora da agência no Brasil, Carla Ferro.

Para participar é preciso criar um espaço pessoal dentro da página da CampusFrance, por meu da identificação de um endereço eletrônico. A partir daí, o candidato pode solicitar informações para definir seu plano de estudos e acompanhar o andamento de seu dossiê.

Para obter mais informações acesse o site:
www.brasil.campusfrance.org

  • Espanha

A embaixada da Espanha no Brasil mantém um departamento de educação, que oferece aos estudantes interessados em continuar seus estudos no território espanhol, uma orientação completa dos passos a serem seguidos. È possível obter informações sobre como localizar um curso que atende suas necessidades, como localizar uma bolsa de estudos, os trâmites de reconhecimento de diplomas na Espanha (revalidação) e sobre os mais diversos aspectos do Sistema de Ensino Espanhol.

Para contatar o departamento acesso o site:
www.mec.es/sgci/br

  • Alemanha

Não existe um órgão do governo alemão que centraliza os processos seletivos das instituições de ensino da Alemanha. Desta forma, se o seu destino é o país europeu, é preciso contatar, diretamente, as assessorias internacionais (Akademishes AUSLAND AMT) da universidade de interesse. Todas as informações necessárias estão disponíveis nos sites oficiais das instituições.

Mas existem algumas máquinas de busca que disponibilizam todas as opções de universidades alemãs, facilitando o seu processo de escolha. Os sistemas indicam as opções que correspondem a sua área de interesse, o tipo de curso e ainda as suas necessidades pessoais. Confira abaixo alguns dos principais meios:

www.hochschulkompass.de www.studying-in-germany.de
www.qualifying-in-germany.de
www.daad.de/idp
www.studienwahl.de

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rebega

oie eu gostaria de saber em q país é melhor a faculdade de arqueologia?

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Demettrius Siqueira

Parabéns pelo texto, Tatiane.
Foi muito útil…

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